Myspace

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

CANTO MOÇO

Vinte anos... Passam-se vinte anos sobre a morte de Zeca Afonso.

Assim, hoje, só podia ser um poema de Zeca Afonso

Canto Moço

Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor no ramo
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praias do mar nós vamos
À procura da manhã clara Lá no cimo duma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá no cimo duma montanha Onde o vento cortou amarras
Largaremos pela noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca.


Uma música incluída no album "Traz outro amigo também" de 1970.

Poderia ter escolhido outra mais conhecida mas nos meus tempos de "luta" no Liceu, na Associação de Estudantes, esta era um hino.

Sei lá, pensávamos que os filhos da madrugada éramos nós, crianças do 25 de Abril (eu pouco antes) que no futuro seríamos os novos descobridores/aventureiros de Portugal. Muitos sonhos ficaram pelo caminho mas a melodia permaneceu sempre.



Para saber um pouco mais sobre Zeca Afonso, que eu julgo ser quase imperativo visitem o site da Associação José Afonso em: http://www.aja.pt/

Tem inclusivé um blog para quem quiser trocar recordações sobre o autor.


Entrem na onda
Neusa

Sem comentários: